Esporotricose: entenda a doença que está se espalhando

Nos últimos anos, um termo tem ganhado destaque nas conversas sobre saúde animal e humana: esporotricose. Mas afinal, o que é essa doença? Por que ela está se espalhando tão rápido em várias regiões do Brasil? E o mais importante: como se proteger?
Neste artigo, vamos explicar tudo de forma simples e didática para que você entenda os riscos, os cuidados e como agir em caso de suspeita.
O que é esporotricose?
A esporotricose é uma doença infecciosa causada por um fungo chamado Sporothrix schenckii, que vive naturalmente no solo, em plantas e na madeira em decomposição. Porém, o que tem preocupado médicos e veterinários é a forma de transmissão entre gatos e humanos — especialmente em áreas urbanas.
Essa doença é conhecida como “doença dos jardineiros”, porque inicialmente era comum em pessoas que lidavam com terra e plantas. Hoje, a principal via de transmissão é através de arranhões, mordidas ou contato com secreções de gatos infectados.
Por que os casos de esporotricose estão aumentando no Brasil?
O aumento no número de casos de esporotricose no Brasil tem diversas causas:
🚩 Crescimento de populações de gatos em situação de rua, sem acesso a cuidados veterinários.
🚩 Falta de informação sobre a doença, o que dificulta o diagnóstico precoce e a prevenção.
🚩 Contágio entre animais domésticos, especialmente em regiões com poucos recursos para controle de zoonoses.
Segundo dados recentes de órgãos de saúde, estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia estão entre os mais afetados.
A esporotricose é transmissível para humanos?
Sim! A esporotricose é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida de animais para seres humanos. Pessoas mais expostas, como tutores de gatos, veterinários e profissionais de limpeza urbana, estão entre os grupos com maior risco.
Nos humanos, os sintomas mais comuns são:
👉 Lesões avermelhadas na pele, geralmente nos braços e mãos.
👉 Inchaço e formação de nódulos.
👉 Feridas que não cicatrizam com facilidade.
Em casos mais graves, a infecção pode se espalhar para outras partes do corpo, como os pulmões, principalmente em pessoas com imunidade baixa.
Quais os sintomas da esporotricose em gatos?
Os gatos são os principais transmissores da esporotricose para os humanos. Fique atento se notar:
👉 Feridas que não cicatrizam, especialmente no focinho, orelhas e patas.
👉 Secreção purulenta nas lesões.
👉 Perda de apetite e emagrecimento.
👉 Dificuldade para respirar (em casos mais graves).
Importante: nem todo gato com feridas tem esporotricose, mas se houver suspeita, leve-o imediatamente ao veterinário. O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura.
Como prevenir a esporotricose?
A boa notícia é que a esporotricose tem tratamento e pode ser evitada com alguns cuidados simples:
➡ Evite o contato com gatos de rua, principalmente se eles apresentarem feridas.
➡ Mantenha seu gato em casa, longe de brigas com outros animais.
➡ Leve seu pet ao veterinário com frequência e ao menor sinal de feridas.
➡ Use luvas ao manipular terra, plantas ou ao cuidar de gatos com suspeita de infecção.
➡ Em caso de arranhões ou mordidas, lave bem o local e procure atendimento médico.
Existe tratamento?
Sim! Tanto em humanos quanto em animais, a esporotricose é tratada com medicamentos antifúngicos, geralmente por via oral. No entanto, o tratamento pode ser longo — em média, de 3 a 6 meses — e exige acompanhamento médico ou veterinário constante.
Nunca use medicamentos por conta própria em animais ou em você. O uso incorreto pode agravar o quadro.
Se você tem gato em casa ou costuma ter contato com animais de rua, redobre a atenção aos sinais. Em caso de suspeita, procure ajuda especializada o quanto antes.
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